O patamar de 3 trilhões de dólares, considerado por
investidores e operadores de câmbio como um piso psicológico de sustentação macroeconômica
para a China, foi rompido no mês de janeiro deste ano.
Dados da Administração Estatal de Câmbio da China
divulgados nesta terça-feira mostraram que as reservas internacionais caíram
12,31 bilhões de dólares no mês passado, atingindo a marca de 2,998 trilhões de
dólares. O número surpreendeu o mercado que esperava manutenção do piso de 3
trilhões de dólares.
Esta é a primeira vez desde fevereiro de 2011 que as
reservas internacionais chinesas ficam abaixo da marca psicológica dos 3
trilhões de dólares, sendo que em junho de 2014 as reservas atingiram a marca
de 3,993 trilhões.
Apesar de o volume atual das reservas internacionais
chinesas ainda ser considerado elevado, estando entre as mais altas do mundo, a
trajetória preocupa players internacionais com posições no País.
Em pouco mais de dois anos a China queimou cerca de 1
trilhão de dólares na tentativa de desacelerar uma fuga de capital cada vez
mais crescente. Somente em 2015 o governo chinês queimou 513 bilhões de dólares
em reservas internacionais.
Observando que o mercado estava impondo uma velocidade
insustentável na utilização de suas reservas, o governo passou a implementar em
2016 várias medidas de controle de capital, como forma de poupar munição. Ainda
assim, a China precisou queimar mais 320 bilhões de dólares em 2016 para
conseguir uma desvalorização de 6,6% do iuan contra o dólar, a maior queda
anual desde 1994.
Mesmo com todas as medidas para dificultar a saída de
capital do País, a China precisou manter forte ação intervencionista no mercado
de câmbio. Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, acusa abertamente a
China de manter o iuan desvalorizado para conseguir exportar seus produtos com
mais facilidade.
Líderes chineses afirmam que as oscilações nas reservas
internacionais são normais e que os investidores não devem dar tanta atenção ao
nível de 3 trilhões de dólares. Entretanto, fatos recentes mostram que as
autoridades enxergam espaço limitado para continuar usando o colchão de
segurança e, portanto, precisam de medidas adicionais.
Exemplo disso está no aperto monetário anunciado semana passada pelo Banco Popular (autoridade monetária local), que acabou
surpreendendo o mercado. O Banco Central subiu a taxa de juros sobre operações
de recompra reversa no mercado aberto de 7 dias, 14 dias e 28 dias, na tentativa
de colaborar com o governo para reduzir a fuga de capitais.
A bolsa de Xangai opera vendida desde o fim do ano
passado, com duas resistências fortes fazendo pressão contra a sustentação frágil
da média móvel simples de 200 períodos diária.
Nos Estados Unidos, o mercado segue comprado e otimista
com a nova administração Trump. O índice S&P500 voltou a fechar colado na
máxima histórica.
No Brasil, o índice
Bovespa segue operando dentro de um movimento corretivo de curtíssimo prazo,
sem apresentar novidades. Há briga pela linha central de bollinger, com ligeira
vantagem para a força vendedora.
A China não sei não ein, acho que aquele boom de crédito que houve não tem como acabar bem. Mas vamos ver...
ResponderExcluirFI,
ResponderExcluirEssa chinesada ... rs ...
Opa vendido no indice .. tomara que caia um pouco ...
Abs,
Sazonalidade. Sazonalidade.
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